Psicóloga Mônica Zatta Tonial - Pato Branco/PR
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Sentir raiva é normal?

Autor: Psicq - Saúde Mental,  Postado em:  quarta, 03 de fevereiro de 2021  
 

Falar de raiva é falar de um tema que se desdobra em várias possibilidades.  A raiva faz parte da estrutura de sentimentos naturais do ser humano e é muito útil para nossa sobrevivência. Contudo, ela pode se tornar desadaptativa, ou seja, deixar de ser uma emoção normal e esperada, dependendo da intensidade e do que fazemos quando a sentimos.

Quem nunca teve um impulso de violência, alterou a voz ou perdeu a razão em gritos e outros comportamentos? Nesses momentos, nossa respiração acelera, nos sentimos desligados de tudo e nosso coração quer sair pela boca, batendo muito forte. Nossa boca seca e nossos olhos mostram nossa fera interior queimando, surgindo com força, para mostrar que Quem manda sou eu! O Controle é meu!!!... Ou talvez quiséssemos dizer, Estou com muito, muito medo de...

Por que agimos assim? E como podemos aprender acerca de nós mesmos com essa emoção? Mesmo uma pessoa sendo racional e lógica pode se sentir dominada pela raiva e pela impotência que ela envolve. A raiva é uma emoção e como toda emoção tem sua importância, pois nossa condição de ser humano nos capacita com as emoções mais diversas. Pode ser entendida inicialmente como um impulso violento contra alguém ou alguma coisa que nos coloca em risco. Normalmente é identificada como uma emoção negativa, desconfortável e intimidadora, tanto para quem a observa ou é seu alvo, quanto por quem a sente. É uma manifestação multifacetada em uma complexa interação de reações físicas e psicológicas que se conectam e geram um turbilhão na pessoa.

Sentimos raiva toda vez que estamos diante de uma situação que pela nossa percepção entendemos como um perigo, ou ainda frente à alguém que vemos como um intruso ou competidor. Assim, ela tem a função de nos alertar de perigos, de nos mostrar que algo nosso foi violado. Sempre que nos deparamos com situações ameaçadoras, acionamos um alerta. Nosso instinto de sobrevivência aparece forte.  E nesse momento aumentamos a produção de um hormônio chamado adrenalina que aumenta a força muscular necessária para nossa defesa que pode ser lutar, fugir ou paralisar.

A sensação experimentada de imediato no momento da explosão, ou seja, da demonstração incontida da raiva, é a força que mantém o comportamento agressivo, pois é de um poder desmedido como se só assim a ameaça (da violação, da injustiça, da afronta, do desvalor, etc.) fosse reparada. É como se nesse momento a pessoa “lavasse a alma”, consertasse a vida e tudo o que a estava fazendo sentir raiva.  Entretanto, essa sensação de alívio normalmente é fugaz e é seguida de culpa e arrependimento, pois traz conseqüências interpessoais e sociais que podem ser muito graves desde demissões no trabalho, término de relacionamentos, até implicações mais sérias como prisão ou morte.

Ouvimos algumas pessoas falarem: “do nada explodi, eu estava quieto no meu canto”. Contudo, é um mito pensar que a raiva surge do nada, ela é construída. O que ocorre, é que em geral não identificamos os sinais que o corpo dá antes que a explosão da raiva ocorra. A capacidade de avaliar a situação antes da explosão é o que determinada como a pessoa vai reagir diante de algum fato. Assim, se avaliarmos algo como sem importância provavelmente não há motivo para reagirmos com raiva. Se, ao contrário, considerarmos o fato como abusivo, desafiador ou violador nosso organismo vai responder de acordo com a interpretação, ou seja, como uma grande provocação mesmo que a realidade não seja do modo como a interpretamos.                       O que desperta a raiva não é necessariamente o evento em si, mas a maneira que o interpretamos. Essa maneira de ver o mundo é edificada ao longo da vida. As experiências (internas e externas) pelas quais passamos são armazenadas e formam o viés de nossa interpretação. 

O sentimento de raiva recorrente normalmente inclui um padrão cognitivo disfuncional, ou seja, a maneira de avaliar os eventos se mostra com expectativas incoerentes e exageradas conhecidas como distorções cognitivas. Essa tendência de se enraivecer pode ser favorecida por vários fatores da história de vida e/ou vulnerabilidade genética que merecem ser considerados. 

Apesar disso, muitas vezes, a pessoa sozinha não consegue perceber tal característica em si mesma ou até percebe e sofre, mas tem dificuldades em mudar o modo de pensar e agir mesmo que esteja lhe prejudicando.

Então, concluímos que sentir raiva é normal e que entendendo mais acerca de nosso funcionamento e de nossa tendência a interpretar as situações de uma maneira distorcida, é possível mantermos um auto monitoramento para questionarmos possíveis erros de avaliação. É sempre aconselhável perguntar a si mesmo, diante de uma situação percebida como provocadora ou injusta, se a maneira de interpretar o fato é a única possível ou posso tentar reavaliar, talvez de forma menos extremista e inflexível. Normalmente nossas emoções são alteradas quando reavaliamos o que está acontecendo e de preferência de uma forma mais racional e justa.



Tags: #psicologia #psiquiatria  


JOGOS ELETRÔNICOS – VILÕES OU HERÓIS?

Autor: Psicq - Saúde Mental,  Postado em:    
 

    Com o grande avanço tecnológico das últimas décadas, a internet e os jogos eletrônicos tornam-se cada vez mais populares. Os jogos, passaram a ser uma das mais importantes atividades de lazer para as crianças e adolescentes, até para alguns adultos. Sabe-se que o maior risco de dependência de jogos online ocorre entre jovens e pessoas do sexo masculino.
    Nesse contexto, vale ressaltar que existe a participação humana no universo online: nossa cognição, que é um conjunto de funções desenvolvidas pelo cérebro que identificam conceitos, o relacionamento que temos com a vida, enfim são todas as trocas que o cérebro faz com o meio em que vivemos.
    Na vida real, temos os telefones que se tornaram smart, é como se houvesse uma película de inteligência artificial aplicada sobre esse equipamento. Também temos smart TV, carros que estão se tornando smart, até as casas estão se adaptando ao modelo smart e finalmente temos as cidades inteligentes. O meio com que fazemos trocas está cada vez mais artificial, cada vez menos real. Existem vantagens tecnológicas que nos permitem viver de uma forma confortável, que facilitam o aprendizado e a interação social. No entanto, ainda somos humanos.
    Somos os mesmos humanos que viviam nas cavernas, mas agora com Wi-fi e ar condicionado. Não somos smart, na verdade podemos até estarmos perdendo habilidades na troca com um meio tão tecnológico, que não necessita esforço intelectual para que exista interação.
    Vale lembrar que o cérebro só atinge a sua completa maturação a partir dos 21 anos de idade, ou seja, até essa idade ainda está aprendendo, ainda pode ser moldado. A exposição excessiva a tecnologia nesse período é ruim. Biologicamente esses indivíduos não apresentam controle  adequado sobre os impulsos, mesmo com orientações sobre os malefícios. O freio comportamental que nos ajuda a regular os comportamentos de risco, o que acontece na vida adulta, não está ainda totalmente instalado, fazendo com que a geração digital se torne mais vulnerável ao risco da dependência tecnológica.
    O conceito de Dependência dentro da idéia de jogos eletrônicos é muito novo, segundo a psicóloga Kimberly Young os sinais de que o uso dos jogos online podem estar causando prejuízo são:
- Preocupação excessiva com alguns temas ligados a internet - Desliga o jogo mais continua pensando em estratégias ou no prejuízo que pode ter por não estar jogando naquele momento;
- Sintomas de abstinência quando o jogo é restrito, pode apresentar ansiedade, irritação;
- Necessidade de aumentar o tempo online para obter satisfação;
- Tentativas fracassadas de diminuir o tempo na internet;


- Perda de interesse em passatempos fora da Internet ou em atividades que antes gostava de fazer, como sair com amigos ou jogar futebol;
- Mostrar irritabilidade quando o acesso a rede é restringido;
- Permanecer mais tempo conectado que o programado;
- Apresentar prejuízo nas relações interpessoais, no trabalho, na família, com os amigos e mesmo assim não conseguir reduzir o tempo de jogos;
- Mentir a respeito de horas online, para a família, para o terapeuta e as vezes para si mesmo. Pode contar que ficou apenas alguns minutos que na verdade foram horas.
- Usar jogos na internet para evitar ou para aliviar sintomas de depressão ou de irritação.

    Algumas intervenções se mostraram eficazes nesse contexto, como a psicoeducação quanto a possibilidade de Dependência relacionada à jogos, expondo riscos e prejuízos e a imposição de limites para o uso de tecnologias. Esses limites podem ser individualizados, mas é importante que sejam aplicados gradualmente, com redução do tempo dos jogos e em alguns casos restrição de jogos específicos.
    Muitos casos de dependência tecnológica aparecem associados a outros transtornos psiquiátricos como depressão, fobia social, transtorno bipolar e déficit de atenção e hiperatividade. A avaliação individual é capaz de identificar possíveis comorbidades e indicar o melhor tratamento; ela pode ser feita por um psicólogo ou por um médico psiquiatra.
    O tratamento envolve mudanças psicossociais e acompanhamento psicoterapeutico, em alguns casos pode ser necessário o uso de medicação. As intervenções psicoterápicas podem ser individuais para maiores de 18 anos e também intervenções familiares, indicadas para menores de idade. As intervenções em terapia cognitiva comportamental são as que se mostram com mais efetividade no tratamento da dependência tecnológica.



Tags: #psicologia #psiquiatria  


Suicídio - Um tema complexo, relevante e ainda pouco abordado!

Autor: Psicq - Saúde Mental,  Postado em:  quarta, 02 de setembro de 2020  
 

Possivelmente você já ouviu falar de alguém que tentou suicídio ou que morreu devido a essa causa. Suicídio é o ato de tirar a própria vida, e tentativas de suicídios são meios com os quais a pessoa acredita que possa tirar a própria vida. Não é uma escolha. A maioria das tentativas de suicídios e dos óbitos por suicidio são relacionadas a algum Transtorno Mental. Ou seja, são doenças que podem matar, mas passíveis de tratamento. O número de pessoas que se suicidam no mundo já supera o número de mortes por homicídio.

O sofrimento causado pelos transtornos mentais pode ser tão intenso que a pessoa chega a pensar em morrer para aliviar a dor. Algumas pessoas encontram na possibilidade de morrer a solução final para situações que parecem insuportáveis ou para fugir de sentimentos ruins. A tentativa de suicídio é um pedido de ajuda. Não é uma escolha entre viver ou morrer, na maioria dos casos são doenças que podem e devem ser tratadas.

Pessoas com comportamentos suicidas (que pensam em morrer, que planejam a própria morte ou que já tentaram tirar a própria vida) geralmente carregam sentimentos de inutilidade, falta de esperança, baixa autoestima e desejo de desistir. Quando o indivíduo chega a este ponto de considerar o suicídio, é porque ele acredita que seus problemas são intoleráveis e intermináveis. Ele sente que não é capaz de suportar mais a situação que, para ele, não tem saída ou solução possível. No entanto, esse pensamento não é verdadeiro, é possível aliviar a dor com o tratamento adequado.

O suicídio não tem uma causa única, mas estima-se que a maioria dos casos está relacionado com a presença de Transtornos mentais como Episódios de depressão, uni e bipolar, esquizofrenia, transtorno de personalidade borderline, transtornos de ansiedade, e transtornos por uso de substâncias como o alcool. Doenças que podem ser tratadas. 

É como uma pessoa com infarto do miocárdio, com muita dor no peito, que ao invés de procurar um pronto atendimento ou um atendimento para o coração decide morrer devido a dor. A dor da Depressão também deve ser tratada, a tentativa de suicídio é uma emergência médica, assim como o infarto. O preconceito e a desinformação sobre as doenças/transtornos mentais pode matar.É importante ressaltar que a depressão não é “frescura", “falta de coragem”, falta de Deus”, ” Fraqueza”, ou qualquer outra coisa. Depressão é uma doença e precisa de tratamento, assim como todos os demais transtornos mentais. Ninguém escolhe adoecer, ninguém escolhe estar deprimido.


São muitos mitos que ainda afastam as pessoas do tratamento adequado. A tentativa de suicídio é um pedido de ajuda. Não deve ser vista como uma forma de chamar a atenção, ou de manipulação ou ainda como um escolha. Deve ser sempre levada a sério. Como uma dor no peito.

Então como ajudar uma pessoa que está pensando em morrer ou que está tentando tirar a própria vida? O primeiro passo é oferecer a ajuda, mostrar que a pessoa não está sozinha, ouvir sem julgamento. No caso de alguém com Depressão, a pessoa precisa apenas falar, e ser acolhida. Não é preciso dar conselhos ou soluções para os possíveis problemas apresentados, naquele momento. Até porque os problemas não são de fato “o problema”, é a doença falando, é a doença dificultando uma avaliação clara da situação. Evite comparações, não é possível medir dor, falar de outras pessoas que sofrem mais ou menos também não irá ajudar. Apenas escute. 

Como escutar? Podemos começar justamente por não julgar ou banalizar o sofrimento do outro.
As vezes, permitir que a pessoa fale dos problemas sem oferecer soluções prontas para que o outro aplique, não julgar desdenhando o sofrimento do outro ou pronunciando frases como: “como você se deixa abater assim?” “porque não faz desse jeito?” “pare de reclamar... você tem tudo”. 
Doar tempo para escutar o outro. A vida é corrida, sim, estamos sempre atarefados mal damos conta de terminar nossas atividades. Mas pense que se uma pessoa te procurou p falar de seu sofrimento é porque esta pedindo ajuda. Você fara uma grande diferença apenas ouvindo.
Permita que ela fale livremente. Falar da dor emocional é um processo doloroso então, não a interrompa e não apresse .... Seja paciente.
Não faça comparações. Cada ser humano é um ser único. As comparações são danosas ao psiquismo. Sofrimento não se compara. Sofrimento se escuta e acolhe.
Não ofereça soluções prontas. Quem chegou num nível de sofrimento ao ponto de tirar sua própria vida precisa antes de tudo escuta e acolhimento para poder falar da sua dor. Elas não estão procurando solução eles procuram compreensão.

O segundo passo é oferecer ajuda, buscar atendimento. Se for preciso marque a consulta, acompanhe a pessoa até o atendimento. Caso não possa, deixe alguém responsável por isso, mas não deixe ela sozinha, certifique-se de que ela procurou por ajuda profissional. Nesse momento é importante que fique sob vigilância, para evitar novas tentativas de suicídio.


A busca de atendimento é fundamental. É importante procurar profissionais que sejam da confiança da família e do paciente, profissionais que trabalham com saúde mental. O tratamento será individualizado e indicado conforme o grau de gravidade. Essa avaliação é essencial pode ser feita por médicos, enfermeiros, psiquiatras e psicólogos. Após exclusão de causas clínicas ou do tratamento de possíveis sequelas da tentativa, o paciente deve ser encaminhado para um tratamento com foco no transtorno mental apresentado. O tratamento é sempre multidisciplinar e visa o bem estar do paciente e o alívio da dor psicológica. Existem muitas opções de tratamento, como o uso de medicação, a psicoterapia e técnicas de neuromodulação. O importante nesse momento é o acolhimento com profissionais treinados para promover a saúde e a vida em amplo sentido.



Tags: #setembroamarelo #prevencaoaosuicidio  


Você consegue dizer “não” sem culpa?

Autor: Psicq - Saúde Mental,  Postado em:  segunda, 10 de agosto de 2020  
 

Se este tema lhe chamou a atenção, provavelmente a avaliação de terceiros a seu respeito interfere consideravelmente nas suas decisões, atormentando sua rotina com compromissos e obrigações que gostaria que desaparecessem de sua agenda.

Mas então, porque é tão difícil dizer não?

Podemos levantar algumas hipóteses que parecem embasar essa forma particular de autocensura. Entre elas, podemos citar o medo de ser considerado agressivo, de ser rejeitado, de ser mal interpretado, da avaliação negativa ou de decepcionar aqueles que amamos entre outras.

Muitas pessoas, mesmo querendo, não têm tranquilidade para dizer não, ou seja, fazem parte do grupo dos que afirmam “Dizer não? Eu, nunca!”, afirmando: “Não consigo dizer não”; “Não consegui dizer não”; “Não soube dizer não”; “Eu deveria ter dito não”. E nesse constante processo, seus medos afetam as relações pessoais e profissionais, podendo gerar uma série de problemas. Algumas pessoas chegam ao ponto de se questionar: “Será assim tão grave? Será que para resolver esse problema preciso de um tratamento com especialista e/ou medicamentoso?

A resposta para esta pergunta não é tão simples. Devemos considerar que o ato de falar “eu gosto”, “eu quero”, “eu acho”, etc, ou “não gosto”, “não quero”, “não concordo”, vai além da expressão. É comunicar a maneira que eu aprendi a interpretar as relações no decorrer da vida. Nossa história de vida define nosso lugar e visão do mundo, para que nós saibamos falar das coisas que gostamos ou não é preciso ter tido aprendizagem com outros seres humanos, que além de nos ouvirem, nos aprovaram ou simplesmente nos satisfizeram nossas necessidades básicas. Se a nossa percepção de mundo nos sugere que o que pensamos ou sentimos é sempre ignorado ou punido pelas pessoas que nos cercam a sensação é ruim e começamos a acreditar por um processo chamado generalização que há poucas chances de nosso espaço se firmar no mundo dos relacionamentos e podemos começar a duvidar de nossas opiniões e até mesmo de nossos sentimentos. É que nós, como seres humanos, somos muito sensíveis aos contatos sociais e a falta persistente de aprovação dos outros podem comprometer nossa autoestima.

É certo que nos sentimos melhor quando ajudamos os outros e que em qualquer relacionamento é necessário haver um ponto de equilíbrio, mas quando isso se torna um método sistemático que impede qualquer expressão, opinião e sentimentos pessoais o equilíbrio individual é afetado e a autoestima é amplamente corroída. Quando nos apagamos continuamente diante dos outros – mesmo se, às vezes, é indispensável -  perdemos o senso de nossos próprios desejos e chegamos ao ponto de não sabermos mais quem somos verdadeiramente.

Um não recalcado irá permanecer em sua memória, solicitá-lo e perturbá-lo por um período mais longo do que seria necessário e o preço pago por conta desse funcionamento pode ir da ansiedade até o comprometimento pessoal e profissional do indivíduo. Nesses casos, a terapia é altamente indicada, pois busca através da reestruturação cognitiva construir novas possibilidades de interpretação que vão favorecer outros sentimentos e comportamentos.

Quando você aprende a dizer não reassumirá o controle de sua vida. Em vez de ser o último na sua própria lista de prioridades, você despontará como o comandante do seu próprio barco, capaz de tomar decisões baseadas em paixão, sabedoria e confiança e não em culpa, medo ou por sentir-se manipulado.



Tags: psicologia saúdemental  


A Terapia Cognitivo Comportamental TCC

Autor: Psicq - Saúde Mental,  Postado em:  quarta, 10 de junho de 2020  
 

A terapia cognitivo-comportamental (TCC) vem se desenvolvendo nas últimas décadas de forma rápida, sendo amplamente reconhecida e tornando-se um tratamento indicado em todo mundo devido a seu alto grau de eficácia pois dispõe de amplas evidências científicas como intervenção poderosa para os problemas de saúde mental.

O modelo cognitivo é baseado no conceito de que nosso sofrimento ocorre principalmente pela forma como interpretamos a realidade e não pelos fatos em si.

A maneira que pensamos os fatos interfere no nosso estado afetivo e comportamentos. Ou seja, duas pessoas passando pela mesma situação podem lidar de maneiras bem diferentes dependendo da forma de cada uma interpretar as situações.  Essas interpretações ocorrem a partir da história de vida de cada pessoa e de quais crenças (verdades) ela foi assumindo ao longo da vida.

É uma forma de tratamento que investe na contribuição e requer a participação ativa do cliente ao longo do tratamento, pois o terapeuta busca, junto a este, de várias formas, produzirem uma mudança cognitiva, no pensamento e no sistema de crenças, objetivando a promoção de mudanças emocionais e comportamentais duradouras

Representa um marco muito importante nas terapias e nos tratamentos psicológicos por atuar de forma efetiva com determinados princípios que embasam a terapia, ou seja, é estruturada, diretiva, ativa, breve, orientada em meta e focalizada em problemas. Inicialmente enfatiza o presente, é educativa, visando ensinar o paciente a ser seu próprio terapeuta e enfatizando a prevenção de recaídas, sendo eficaz em uma variedade de transtornos psiquiátricos como por exemplo ansiedade, depressão, fobias, dependência química, transtornos alimentares, etc. Atende a várias populações como casais, crianças, adolescentes, famílias, com atendimento individual e de grupo.



Tags: psicologia terapia cognitiva terapia do esquema  


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