Psicóloga Mônica Zatta Tonial - Pato Branco/PR
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BENEFÍCIOS DOS TRABALHOS MANUAIS PARA A SAÚDE METAL

Autor: EQUIPE PSICQ,  Postado em:  quinta, 20 de outubro de 2022  
 

Com o estresse do dia a dia, cada vez mais pessoas estão buscando atividades para se distrair.  Uma delas é o artesanato, que inclui atividades manuais como o tricô, crochê, tecelagem, cerâmica, bordado, macramê entre outros.

Os trabalhos manuais visam a idealização e concentração, exige um esforço criativo que reflete nos detalhes, que tornam cada peça única. As vezes um hobby, outras, uma fonte de renda. O artesanato se faz presente na vida de milhares de pessoas.

Tem aquelas que produzem o material, e aquelas que não abrem mão de ter uma peça exclusiva, feita com todo o carinho e minúcias que só o artesanato tem. Porém, você sabia que o impacto positivo de um trabalho manual, coligado com a arte, afeta diversas partes do nosso corpo e principalmente a mente?   

Pois é... essa prática trabalha a concentração, equilibra o emocional e desenvolve a criatividade. Esses são fundamentos que o artesanato e trabalhos manuais estimulam com a prática. Essas ações atuam no cérebro como uma forma de pausar suas rotinas habituais, inclusive como forma de introspecção para melhorar a saúde emocional e manter o equilíbrio. 

Fazer trabalhos manuais é um passatempo muito interessante com o qual podemos exercitar o cérebro. É uma excelente terapia para combater o estresse e a depressão, uma vez que aumentam a sensação de bem-estar e promovem o relaxamento.

Sua prática regular melhora o desenvolvimento de habilidades motoras finas, criatividade e até mesmo a autoconfiança e a autoestima.

Além disso, é uma maneira de sair da rotina diária e de se desconcentrar dos problemas que nos causam angústia, ansiedade e outras emoções pouco saudáveis.

Exercitar o cérebro, nos proporciona habilidades cruciais para as atividades que fazemos todos dos dias.

Passar alguns minutos por dia tecendo, pintando, desenhando ou fazendo qualquer outra atividade artística manual é considerado um tipo de “manutenção cerebral”.

Embora muitos ignorem isso, o cérebro é o que mais tira benefícios das habilidades necessárias para realizá-los.

Aqueles que os praticam regularmente se concentram com mais facilidade e aumentam sua capacidade criativa e imaginativa trazendo benefícios para a saúde emocional.

Tais tarefas melhoram o humor e a comunicação social, ajudando a construir a confiança.

Isso é porque levam ao relaxamento e impõem um desafio para o cérebro, que tem que trabalhar para resolvê-los da melhor maneira.

Na prática, os cinco sentidos são aguçados e as habilidades motoras são fortalecidas, especialmente nas mãos, além de aumentar o sentimento de felicidade e relaxamento, consequentemente reduz o estresse e aumenta a capacidade criativa.

Estudos demonstram que os artesãos que fazem o seu trabalho três ou mais vezes por semana se sentem mais calmos, felizes e menos ansiosos do que aqueles que fazem menos.

Este tipo de trabalho envolve a concentração no desafio proposto e, ao mesmo tempo, pensamentos internos em uma única tarefa.

Por outro lado, ajuda a ter mais paciência no momento de desenvolver um projeto e querer alcançar um objetivo. A pessoa se torna mais persistente e aumenta sua segurança para superar os obstáculos. 

Trabalho manual é um treinamento cerebral. Indivíduos que pintaram, esculpiram, fotografaram e desenharam na meia e terceira idade são 73% menos propensos a desenvolver transtorno cognitivo leve do que aqueles que não o fazem.

Os praticantes de artesanato também reduzem o risco de demência em até 45% em comparação com aqueles que não praticam essas atividades. 

Portanto, o artesanato beneficia o cérebro porque:

  • Representa um desafio mental e conduz à resolução de problemas.
  • Melhora as conexões sociais.
  • Aumenta a concentração
  • Promove o desenvolvimento da coordenação, percepção espacial e habilidades motoras finas.
  • Serve para aprender e ensinar.
  • Concentra a atenção ou pensamentos em um único trabalho.
  • Incentiva a imaginação e a criatividade.
  • Protege a memória e reduz o risco de deficiência mental.
  • Facilita a aprendizagem e as técnicas de relaxamento, meditação e ritmo.
  • Serve como tratamento alternativo para a depressão ou o estresse.

Ainda que a saúde do cérebro dependa de muitos outros fatores, a prática regular dessas tarefas pode ser benéfica a longo prazo.

Portanto, o artesanato é uma terapia relaxante que ajuda a melhorar a saúde mental, o bem-estar e a atividade cerebral.

Será que você se anima pôr em prática essa dica?

 

 



 


Autocompaixão - A arte de sermos nossos melhores amigos

Autor: EQUIPE PSICQ,  Postado em:  quinta, 30 de dezembro de 2021  
 

A palavra “compaixão” muitas vezes é confundida com “piedade” ou “dó”, o que implicaria um sentimento de superioridade em relação à pessoa ou situação que desperta essa característica em nós. A psicologia moderna define a compaixão como “o sentimento que surge quando se testemunha o mal-estar (sofrimento, estresse) do outro (ou o próprio), e que gera a motivação ou desejo de ajudar (ou de se cuidar)”. A compaixão então é vista como uma “motivação” (não uma emoção) que orienta o comportamento humano de entender e ajudar.
    A autocompaixão é tratar a si mesmo com a mesma gentileza, preocupação e apoio que teria com alguém querido. Quando vemos alguém de quem gostamos a confrontar-se com momentos difíceis na vida ou a enfrentar determinados desafios pessoais, falhas e inadequações, normalmente respondemos com amabilidade e não com julgamento severo, reconhecendo que a imperfeição faz parte de toda a experiência humana, praticando a compaixão sem esforço. A idéia da autocompaixão é trazer essa aceitação quanto às imperfeições inerentes a existência humana para as nossas próprias experiências.
    Assim, aplicar a compaixão a nós mesmos, seria a possibilidade de entender nosso mal-estar ou sofrimento de outra perspectiva, com menos culpa e autocrítica. De certa forma, é nos transmitido que devemos ser exigentes conosco, pensarmos em nossas ações para não nos envergonhar e, acima de tudo, para obter resultados. É como se autocrítica fosse o caminho para o sucesso, ledo engano.
    
    Raramente pensamos em mostrar alguma amabilidade para conosco, pois se o fizermos, podemos ser rotulados como egoístas, arrogantes ou até ingênuos. Contudo, vários estudos demonstram que a autocritica pode nos conduzir a uma baixa autoestima, e desencadear quadros como ansiedade e depressão. A prática de nos acolher em nossas vidas, com nossas imperfeições internas e externas, e a dar a nós mesmos a força necessária para que possamos contornar os obstáculos que surgirem é a arte de sermos nossos melhores amigos, é a autocompaixão.
    Autocompaixão é gentileza, é autocuidado, é reconhecer quando precisamos recuar. É permitir que nossa dor exista sem julgamentos, confiar em nós mesmos e dizer sim para o que ajuda e não ao que não ajuda.         
    Autocompaixão é ser legal com você mesmo, olhar para si com amor. Não é uma tarefa fácil. Estamos sempre falando sobre como outras pessoas merecem gentileza, mas e quando se trata de nós? Nunca. Sabemos muito bem dos nossos defeitos, dos modos como estragamos as coisas, como estamos fazendo tudo errado. Nós nos tratamos com muito mais rigor do que jamais permitiríamos que outras pessoas nos tratassem. Todo mundo tem dificuldade com isso; não é só você. Para a maioria das pessoas, ser gentil com os outros é muito, muito mais fácil.
    Cuidar de si pode significar se permitir dormir quando você precisar, sem se dar bronca por causa disso. Pode implicar em dizer não para um compromisso social. Pode ser caminhar no parque, ler, dançar, chorar, gritar, rir. Pode ser nos darmos folga aliviando nossas exigências. Envolve tratar a si próprio da forma como você trataria um amigo que está tendo dificuldades, mesmo que ele tenha cometido um erro gravíssimo ou esteja se sentindo inadequado, um fracassado, ou esteja apenas passando por um desafio temporário. É uma prática me que aprendemos a nos vermos como um aliado interno ao invés de um inimigo interno. 
    Com o exercício da autocompaixão, ganhamos mais consciência, sabedoria, amor e autoconfiança. Ao invés de resistirmos ao desafio, fluímos através dele e reencontramos uma nova força interior. A ideia não é negar o sofrimento, é observá-lo, reconhecê-lo, acolhê-lo. A boa notícia é que podemos aprender a sermos mais compassivos conosco, aprender a exercitar nosso amor próprio, nosso autocuidado, autorrespeito e bondade.



 


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