Psicóloga Mônica Zatta Tonial - Pato Branco/PR
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Você tem sido gentil consigo mesmo?

Autor: Patrícia C. Hoppen ,  Postado em:  quinta, 02 de julho de 2020  
 

Gostaria de iniciar essa leitura propondo um exercício de reflexão...

Feche os olhos e pense por um momento sobre a seguinte questão:

Tente lembrar as vezes em que um amigo ou conhecido que estava passando por algum momento de dificuldade lhe procurou para conversar ou desabafar, sendo que naquele momento você estava se sentindo muito bem consigo mesmo.

Como você agiu diante desse amigo ou conhecido?

Como você tipicamente responde aos seus amigos nessas situações?

Consegue ouvir o que eles têm a dizer?

Costuma dizer algo a eles?

O que você diz? Que tom de voz você utiliza? Como é a sua postura?

Feito isso, ainda com os olhos fechados, pense nas várias vezes em que você estava tendo algum tipo de dificuldade, tendo um infortúnio, se sentindo fracassado ou inadequado.

Como você costuma responder a si mesmo quando isso acontece?

Presta atenção nas suas emoções?

Consegue identificar o que está sentindo?

Costuma dizer algo a si mesmo?

O que você diz? Que tom de voz você utiliza? Como é a sua postura?

Agora, observe se existe diferença entre como você trata seus amigos próximos quando eles estão tendo dificuldades e como trata a si mesmo.

Você acredita que podemos aprender a nos acolher em nossas vidas, apesar das imperfeições internas e externas, e a dar a nós mesmos a força necessária para que possamos contornar os obstáculos que surgirem?

A autocompaixão nos impulsiona a falar com nós mesmos como um bom amigo, é uma prática na qual aprendemos a ser um aliado interno em vez de um inimigo interno. Envolve tratar a si próprio da forma como você trataria um amigo que está tendo dificuldades, mesmo que ele tenha cometido um erro gravíssimo ou esteja se sentindo inadequado, um fracassado, ou esteja apenas passando por um desafio temporário.

Muitas vezes temos dificuldade em praticar a autocompaixão, isso possivelmente ocorre porque a cultura ocidental coloca grande ênfase em sermos gentis com nossos amigos, familiares e vizinhos que estão passando por dificuldades, mas não quando se trata de nós mesmos.

Estudos diversos indicam que as capacidades de compaixão estão ligadas a competências motivacionais, emocionais e cognitivo-comportamentais, que são fruto da evolução, de ato de cuidar dos outros e ampliar as suas hipóteses de sobrevivência e prosperidade. Pesquisas também indicam que a autocompaixão surge através da utilização das mesmas competências subjacentes à compaixão para com os outros, no relacionamento conosco próprios, através do desenvolvimento de uma preocupação genuína pelo nosso bem-estar, da aprendizagem do sermos sensíveis e tolerantes em relação ao nosso desconforto, do desenvolvimento de uma compreensão profunda (empatia) das raízes e causas deste.

Com autocompaixão, ganhamos mais consciência, sabedoria, amor e autoconfiança. Ao invés de resistirmos ao desafio, fluímos através dele e reencontramos uma nova força interior. A ideia não é negar o sofrimento, é observá-lo, reconhecê-lo, acolhê-lo. ?

Autocompaixão também é prática. Quando exercitamos nosso amor próprio, nosso autocuidado, autorrespeito e bondade, estamos em sintonia com a compaixão.

Que tal exercitar a autocompaixão?

Escreva um bilhete para si mesmo. O que você gostaria de ouvir de você?

Por exemplo: “Eu me importo profundamente com você, quero seu bem. Estou aqui para te dar apoio…”. “Este é um momento de dificuldade que pode estar causando sofrimento, porém, o sofrimento faz parte da vida. Que eu consiga ser gentil comigo neste momento e que eu possa me dar o apoio que preciso”.

Patrícia C. Hoppen
CRP-08/26611



Tags: psicologia autocompaixão  


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